VOID ou simplesmente vazio, vem para desconstruir e traduzir um conceito abstrato em obras de arte. Explorar todas as formas de vazios, afinal a arte é uma forma de comunicação que o artista utiliza para para traduzir e transmitir uma mensagem materializando sentimentos e processos vividos em objetos reais.
Esta coleção apresenta joias com design minimalista, destacando a simplicidade e a pureza da forma. Um convite a reflexão interna. Espaços vazios que convidam a contemplar as lacunas em suas vidas, o que as causaram e como devem ou querem ser preenchidas, promovendo momentos de introspecção e calma.
Uma reflexão sobre uma vida mais simples e descomplicada. Traduzir a ausência de algo ou alguém importante, evocar memórias e sentimentos associados à perda e mudanças, criando uma conexão emocional profunda.
A ideia do vazio, ou VOID, é um tema fascinante em diversas abordagens e tem uma relação profunda com a experiência humana. A tentativa de preencher esse vazio é uma parte central na aceitação do vazio como parte natural da existência, podendo levar a uma compreensão mais profunda de nós mesmos e de nossos desejos.
Filósofos, como Jean-Paul Sartre e Friedrich Nietzsche, falam do vazio como parte da experiência existencial do ser humano, onde a ausência de significado intrínseco no universo leva a uma sensação de vazio que deve ser confrontada.
Na psicanalise, em particular para Lacan, o vazio representa o aspeto irrepresentável ou inatingível da experiência humana. Está intimamente ligado à ideia de “das Ding” (a Coisa), que é algo que permanece fora da linguagem e da simbolização.
Lacan acreditava que a arte e a literatura muitas vezes tentam preencher esse vazio criando representações simbólicas que sugerem o inatingível. Este processo é conhecido como sublimação, em que um objeto ou ideia é elevado a um estatuto superior, quase sagrado, tentando dar sentido ao vazio.
Na arte, o vazio pode ser uma ferramenta poderosa para expressar emoções e ideias. Artistas muitas vezes exploram o vazio visual para simbolizar a solidão, a falta de sentido ou a introspecção. Esse uso do espaço vazio pode evocar uma resposta emocional intensa nos espectadores, conectando-os a experiências universais de ausência e busca de significado.
Na vida cotidiana, o vazio pode ser sentido como uma sensação de falta ou incompletude. Pode surgir de diversas situações, como a perda de um ente querido, uma mudança significativa ou até mesmo uma crise existencial. Essa sensação de vazio pode ser desafiadora, mas também pode ser um catalisador para crescimento pessoal e reflexão profunda.
O vazio, então, é tanto um desafio quanto uma oportunidade na experiência humana. É um lembrete constante da falta e do desejo que nos impulsionam, e uma oportunidade para explorar novas formas de encontrar sentido e propósito.